Essa texto foi um pedido, então aproveitarei a oportunidade para atualizar aqui.

Cheguei em Manaus no finalzinho de 2016, já ciente que não passaria Natal nem Ano Novo com minha família, e muito provavelmente sozinho. Havia acabado de concluir o Mestrado em Design na Universidade de Brasília, após treze anos trabalhando com desenvolvimento de jogos, e estava bastante empolgado para trabalhar na Black River Studios, conhecido como o time de “Games” do Sidia. Não era para menos: essa oportunidade dentro de um instituto de pesquisa aliaria o impulso criativo para gerar experiências de usuários aplicadas às tecnologias mais avançadas em jogos ao mesmo tempo que manteria acesa a chama do pesquisador inquieto dentro de mim, compartilhando aprendizados e resultados com a comunidade. Duas semanas depois, estava entre colegas de trabalho que também estavam longe da família, mas encontraram acolhimento naqueles que compartilhavam da mesma saudade.

Para quem é UX Designer, o Sidia reúne uma gama de profissionais na área com perfis tão plurais que compartilhar seu trabalho para coletar uma ou outra revisão traz um retorno riquíssimo! Ferramentas, técnicas, referências, modelos, obras, e eventos são trocas contantes, já que muitas pessoas tem seus Mestrados e Doutorados. E quando focamos no time Black River Studios, é muito satisfatório saber que são profissionais de nível internacional, mas permanecem aqui, com um trabalho fenomenal em equipe, acreditando sempre em criar o melhor resultado possível! São pessoas muito ávidas pela indústria de games, conseguem rapidamente trazer referências que alguém levaria bastante tempo para encontrar só. E tudo isso surge nos bate-papos mais simples do dia a dia, naquela ida à máquina de café ou nos espaços de convivência após o almoço. Aliás, nenhuma ideia permanece só; todas crescem juntas.

Durante esses três anos de casa, os projetos nos quais trabalhei geraram não apenas os jogos, mas também artigos e palestras que levei para fora do país mais de uma vez. E é animador saber que é uma política interna aplicável a todos os colaboradores que são empenhados com a contribuição científica em suas áreas de conhecimento. Já me perguntaram uma vez, após uma palestra, sobre o que me motivava a compartilhar tanta informação sobre processos de desenvolvimento. E eu não consigo encontrar outra resposta que não seja essa minha obrigação moral de compartilhar esses resultados com outras pessoas que não tem acesso a um contexto tão rico de desenvolvimento como é o do Sidia.

Trabalhar no Sidia é isso: conseguir ver além da rotina, além dos equipamentos, e ver todas as possibilidades que residem nas pessoas e nas suas necessidades. É entender que o mundo precisa de um passo além para ser melhor, e que lá dentro estamos em condições de dar esse passo. Como toda empresa, eu sei que tem muitas possibilidades para melhorias, e vamos chegar lá. Mas até aqui, é isso: Muito obrigado, Sidia!

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